domingo, 17 de fevereiro de 2019

Modernismo português

MODERNISMO PORTUGUÊS

  
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
Quantos filhos em vão rezaram!  
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena.  
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa


 CONTEXTO DO MODERNISMO PORTUGUÊS
Resultado de imagem para ASSASSINATO DO REI DE PORTUGAL     Em Portugal esse período foi muito difícil, porque, com a guerra, estavam em jogo as colônias africanas, que já vinham sendo cobiçadas pelas grandes potências desde o final do séc. XIX, quando a Inglaterra deu um Ultimato a Portugal. Aliado a isso, em 1911, foi Promulgado a Constituição e Manuel de Arriaga, eleito o primeiro presidente da Republico
     Assassinato de D. Carlos e seu filho D. Luis Felipe em 1908
     Os primeiros anos do governo republicano foram marcados por profundas crises, que geraram duas atitudes opostas: uma nacionalista, favorável à nova forma de governo e outra, do grupo de oposição, os integralistas, que defendiam as ideias do nazi-fascismo emergentes na Europa.
     Sebastianismo
     Em 1910 foi proclamada a República de Portugal.
     1926, os direitistas tomaram o poder por um golpe militar de Antônio de Oliveira Salazar, deposto em 1974 pela revolução dos Cravos


INÍCIO DO MODERNISMO PORTUGUÊS
O MODERNISMO em Portugal tem seu início oficial no ano de 1915, quando um grupo de escritores e artistas plásticos lança o primeiro número da "Orpheu", revista trimestral de literatura. Esse grupo é composto por Mário de SáCarneiro, Raul Leal, Luís de Montalvor, Almada Negreiros o brasileiro Ronald de Carvalho e, entre outros, o fantástico e polêmico, Fernando Pessoa e seus heterônimos (Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro). 

REVISTA ORPHEU (1915)

Resultado de imagem para revista orpheu
  •  Objetivos: 
    • Chocar a burguesia com sua obra irreverente (poesias sem metro, exaltando a modernidade);  
    • Tirar Portugal de seu descompasso com a vanguarda do resto da Europa.
  •  Principais Poetas: