sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
Romantismo em Portugal (1825 – 1865)
Romantismo em Portugal (1825 – 1865)
Contexto
- Governo de D. João VI
- Revolução Militar e Civil
- Ida da Família Real ao Brasil
- Revolução Liberal
- Epidemias: Cólera e Febre Amarela
- Camões de Almeida Garret
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Vanguardas Europeias
A Europa no início do século XX
- Instabilidade política
- Espanto com as descobertas tecnológicas e a nova visão sobre tempo e espaço
- A descoberta do mundo invisível (ciência)
- A Psicanálise
Expressionismo (1905 – 1930)
Expressionismo (1905 – 1930)
Iniciador: Julien-Auguste Hervé
Proposta:
“Expressar” sentimentos humanos.
Predomínio de valores emocionais sobre os
intelectuais.
Cubismo (1907 – 1914)
Futurismo (1909 – 1919)
Futurismo (1909 – 1919)
Iniciador: Filippo Tomaso Marinetti (1876 - 1944)
Proposta:
Rejeição ao passado e ao academicismo
Beleza: velocidade/máquina/automóvel
Verso livre, rompendo com a gramática
tradicional
O Futurismo
[…] — Vamos, meus amigos! Disse eu. Partamos! Enfim, a Mitologia e o Ideal místico estão ultrapassados. Vamos assistir ao nascimento do Centauro e veremos logo voarem os primeiros Anjos! — É preciso abalar as portas da vida para nela experimentar os gonzos e os ferrolhos!… Partamos! Eis o primeiro sol nascendo sobre a terra!… Nada é igual ao esplendor de sua espada vermelha que se esgrima pela primeira vez nas nossas trevas milenares.
[…]
Com o rosto mascarado pela boa lama das usinas, cheio de escórias de metal, de suores inúteis e de fuligem celeste, levando nossos braços pisados na tipoia, entre o lamento dos sábios pescadores à linha e dos naturalistas angustiados, nós ditamos nossas primeiras vontades a todos os homens vivos da terra:
Manifesto
futurista
1. Queremos cantar o amor do perigo, o hábito da energia e da temeridade.
2. A coragem, a audácia, a rebelião, serão elementos essenciais da nossa poesia.
3. Até hoje, a literatura exaltou a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo de corrida, o salto mortal, a bofetada e o sopapo.
4. Declaramos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um carro de corrida com a carroçaria enfeitada por grandes tubos de escape como serpentes de respiração explosiva… um carro tonitruante que parece correr entre a metralha é mais belo do que a Vitória de Samotrácia.
5. Queremos cantar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada, por sua vez, em corrida no circuito da sua órbita.
6. O poeta terá de se prodigar, com ardor, refulgência e prodigalidade, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
7. Não há beleza senão na luta. Nenhuma obra que não tenha um carácter agressivo pode ser considerada obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças ignotas, para reduzi-las a prostrar-se perante o homem.
8. Estamos no promontório extremo dos séculos!… Porque deveremos olhar para detrás das costas se queremos arrombar as misteriosas portas do impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós vivemos já no absoluto, pois já criámos a eterna velocidade.9. Nós queremos glorificar a guerra, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias por que se morre e o desprezo da mulher.
10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de todo o tipo e combater o moralismo, o feminismo e todas as vilezas oportunistas ou utilitárias.
11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela revolta; cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas eléctricas; as gulosas estações de caminho-de-ferro engolindo serpentes fumegantes; as fábricas suspensas das nuvens pelas fitas do seu fumo; as pontes que saltam como atletas por sobre a diabólica cutelaria dos rios ensolarados; os aventureiros navios a vapor que farejam o horizonte; as locomotivas de vasto peito, galgando os carris como grandes cavalos de ferro curvados por longos tubos e o deslizante voo dos aviões cujos motores drapejam ao vento como o aplauso de uma multidão entusiástica.
Dadaísmo (1915 – 1921)
Dadaísmo (1915 – 1921)
Iniciador: Tristan Tzara
Proposta:
Destruição dos valores burgueses.
Desprogramar a arte da premeditação.
Receita de um poema
dadaísta
Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho
que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas
palavras que formam esse artigo
e
meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o
outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que
elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente
original e de uma sensibilidade graciosa,
ainda que incompreendido do público.
Surrealismo (1924 – 1969)
Surrealismo (1924 – 1969)
Iniciador: André de Breton
Proposta:
Fluência livre da arte a partir do
inconsciente.
Recusa da lógica.
Caráter lúdico à arte.
automatização da escrita.
presença do humor negro.
Antecedentes da Semana de Arte Moderna
Antecedentes da Semana
de Arte Moderna
•
1907 – Cubismo
•
1909 – Futurismo
•
1910 – Expressionismo
•
1911 — Oswald de Andrade funda o "O Pirralho"
•
1912 — Oswald retorna ao Brasil
após contato com o "Manifesto Futurista" do poeta
italiano Marinetti.
•
1914 – Primeira exposição de Anitta Malfatti.
•
1915 — Dadaísmo e O poeta Ronald de Carvalho participa
no Rio da fundação da revista "Orfeu” em Portugal, inaugurando o Modernismo
Português.
•
1917 — Segunda Exposição de Anita Malfatti.
•
O
escritor Monteiro Lobato escreve o artigo "Paranóia ou Mistificação?“.
•
Estopim
do Modernismo
•
Publicação de Há uma gota de sangue em cada poema de Mario
de Andrade – Mário Sobral.
•
Publicação de Juca Mulato de Menotti del Picchia.
•
Publicação de Cinza das horas de Manuel Bandeira
•
1919 - Surgimento do Fascismo na Itália e adesão de Marinetti.
• 1920 — Oswald de Andrade e Menotti del Picchia fundam a revista
"Papel e Tinta". Graça Aranha publica "Estética da Vida".
Victor Brecheret expõe as maquetes do monumento às Bandeiras (SP).
• 1921 — Oswald de Andrade publica "Meu Poeta
Futurista" e Mário de Andrade responde com "Futurista?!". Mário
publica o artigo "Mestres do Passado“.
•
1922
– Semana de Arte Moderna
• 1924 – Surrealismo
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Metamorfose - Franz Kafka
Metamorfose
Franz Kafka
Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranqüilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas, no topo de qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha. Suas numerosas pernas, lastimavelmente finas em comparação com o volume do resto do corpo, tremulavam desamparadas diante dos seus olhos.
— O que aconteceu comigo? — pensou.
Não era um sonho. Seu quarto, um autêntico quarto humano, só que um pouco pequeno demais, permanecia calmo entre as quatro paredes bem conhecidas. Sobre a mesa, na qual se espalhava, desempacotado, um mostruário de tecidos — Samsa era caixeiro viajante, — pendia a imagem que ele havia recortado fazia pouco tempo de uma revista ilustrada e colocado numa bela moldura dourada. Representava uma dama de chapéu de pele e boa pele que, sentada em posição ereta, erguia ao encontro do espectador um pesado regalo também de pele, no qual desaparecia todo o seu antebraço.
O olhar de Gregor dirigiu-se então para a janela e o tempo turvo — ouviam-se gotas de chuva batendo no zinco do parapeito — deixou-o inteiramente melancólico.
Construa um texto dissertativo a partir dos tópicos abaixo:
§ Como caracteriza a personagem a partir dos dados apresentados?
§ “Inseto monstruoso” o adjetivo é justificado? Explique
§ O texto é realidade ou ficção? Quais poderiam ser realidade? Os fatos poderiam ocorrer fora deste universo?
§ A arte pode provocar, emocionar, retratar uma época... Qual o mais importante no texto? Explique
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
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