Professor(a) : André Gustavo Maia Mourão |
I. Após a Leitura dos textos, responda as questões:
Texto II O lenço dela Álvares de Azevedo | Texto III Soneto II Álvares de Azevedo Passei ontem a noite junto dela. |
1) Como estudamos no capitulo 1 o os poemas podem ser constituídos de formas fixas, como o soneto. Comprove que os poemas acima são sonetos e identifique o esquema de rimas, justificando o efeito que ele causa no leitor. (1,0)
2) Ao ler um poema, deparamo-nos com figuras de linguagem que representam uma imagem através das palavras que transmitem uma significação a quem lê. Com base nesta afirmação, separe as imagens de um dos textos (conforme a letra que inicia o seu nome Texto I = a – m e Texto II = n – v) e justifique que imagens predominam no texto. (1,0)
Imagens físicas | Imagens espirituais | Imagens sensitivas |
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3) “Quando a primeira vez, da minha terra
Deixei as noites de amoroso encanto,
A minha doce amante suspirando
Volveu-me os olhos úmidos de pranto.” Identifique os verbos das orações e justifique a classificação do sujeito. (1,0)
4) Justifique como a literatura clássica (greco-romana) tem influenciado a literatura brasileira. (1,0)
5) Comprove o discurso erótico nos contos de Machado de Assis, usar como exemplo Missa do Galo e Uns braços. (1,0)
6) Retire do Conto Uns braços 05 frases, explicando o sujeito de cada frase.
7) (Unifesp) O trecho do conto Uns braços, de Machado de Assis, é base para responder às questões. (1,0)
“Havia cinco semanas que ali morava, e a vida era sempre a mesma, sair de manhã com o Borges, andar por audiências e cartórios, correndo, levando papéis ao selo, ao distribuidor, aos escrivães, aos oficiais de justiça. (...) Cinco semanas de solidão, de trabalho sem gosto, longe da mãe e das irmãs; cinco semanas de silêncio, porque ele só falava uma ou outra vez na rua; em casa, nada. ‘Deixe estar, — pensou ele um dia — fujo daqui e não volto mais. Não foi; sentiu-se agarrado e acorrentado pelos braços de D. Severina. Nunca vira outros tão bonitos e tão frescos.
A educação que tivera não lhe permitira encará-los logo abertamente, parece até que a princípio afastava os olhos, vexado. Encarou-os pouco a pouco, ao ver que eles não tinham outras mangas, e assim os foi descobrindo, mirando e amando. No fim de três semanas eram eles, moralmente falando, as suas tendas de repouso. Aguentava toda a trabalheira de fora, toda a melancolia da solidão e do silêncio, toda a grosseria do patrão, pela única paga de ver, três vezes por dia, o famoso par de braços.
Naquele dia, enquanto a noite ia caindo e Inácio estirava-se na rede (não tinha ali outra cama), D. Severina, na sala da frente, recapitulava o episódio do jantar e, pela primeira vez, desconfiou alguma cousa. Rejeitou a ideia logo, uma criança! Mas há ideias que são da família das moscas teimosas: por mais que a gente as sacuda, elas tornam e pousam. Criança? Tinha quinze anos; e ela advertiu que entre o nariz e a boca do rapaz havia um princípio de rascunho de buço. Que admira que começasse a amar? E não era ela bonita? Esta outra ideia não foi rejeitada, antes afagada e beijada. E recordou então os modos dele, os esquecimentos, as distrações, e mais um incidente, e mais outro, tudo eram sintomas, e concluiu que sim.”
De início, morar na casa de Borges era solitário e tedioso, o que levou Inácio a pensar em ir embora. Todavia, isso não aconteceu, sobretudo porque o rapaz:
a) passou a ser mais bem tratado pelo casal após três semanas.
b) teve uma educação que não lhe permitiria tal rebeldia.
c) se pegou atraído por D. Severina, com o passar do tempo.
d) gostava, na realidade, do trabalho que realizava com Borges.
e) sentia que D. Severina se mostrava mais atenciosa com ele.
8) Crie um texto crítico sobre o capítulo 1 do livro com no mínimo10 linhas e no máximo 20. (3,0)